Conforme estudos ocorridos durante o
semestre, trabalhamos sobre a importância que a Robótica pode ter dentro da
educação, começando com crianças pequenas e indo além, até onde a criança/adolescente
tiver interesse.
A Robótica
Educacional procura auxiliar o aluno no desenvolvimento da criação de “robôs”,
os quais podem ter diversas formas. Está relacionada com o estímulo dado para
os alunos a sempre querer aprender mais, onde o aluno acaba absorvendo cada vez
mais conhecimentos.
Ela
é “a ciência que estuda a montagem e a programação de robôs” (Lieberknechht,
Eduardo Augusto). Porém, para criar estes robôs, vários “problemas” são
encontrados, pois o aluno deve pensar em formas de montá-lo e formas de fazê-lo
andar, pegar objetos, caminhar... Não será o professor quem dará a resposta
para o aluno, mas sim, ele mesmo, através de experimentos e tentativas, deverá
descobrir o processo adequado para fazer o seu robô andar. Exige a assimilação
do problema gerado, para então, acomodá-lo e através do seu conhecimento,
encontrar uma solução.
Infelizmente, poucas são as escolas que
possuem laboratórios de Robótica para os seus alunos explorarem. Através deste
trabalho, muitos conceitos podem ser desenvolvidos com as crianças. Segundo
Eduardo A. Lieberknecht, a Robótica é uma ótima ferramenta educacional, pois
Juntando a teoria à prática ela é capaz de desenvolver nos
alunos alguns conceitos que as demais disciplinas quase não abordam, como:
trabalho em equipe, auto desenvolvimento, capacidade de solucionar problemas,
senso crítico, integração de disciplinas, exposição de pensamentos,
criatividade, autonomia e responsabilidade, postura empreendedora, etc. Por
tratar-se de uma área multidisciplinar, a robótica estimula os alunos a buscarem
soluções que integram conceitos e aplicações de outras disciplinas envolvidas,
como matemática, física, mecânica, eletrônica, design, informática, etc.
Portanto, quando estamos trabalhando com a Robótica na Educação,
automaticamente estamos relacionando com inúmeros aspectos importantes da
educação e outras disciplinas que integram o currículo escolar. Bem como, através
deste trabalho é possível explorar as diversas competências dos alunos e
prepará-los para um possível mercado de trabalho, onde atualmente, requer do
sujeito criatividade, conhecimentos, que ele tenha competências para enfrentar
desafios e procurar soluções de problemas.
Durante
as nossas aulas, também vimos sobre as Leis da Robótica, onde três leis foram
criadas por Isaac Asimov.
Asimov
era um escritor e bioquímico americano nascido na Rússia. Ele era autor de
obras de ficção científica. Em uma de suas obras, “I, Robot” (Eu Robô – 1950), descreveu as três Leis para que um
robô fosse realmente considerado como tal:
1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão,
permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robô deve obedecer
as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais
ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal
proteção não entre em conflito com a Primeira e/ou a Segunda Lei.
O objetivo dessas leis era criar robôs
inteligentes, que conseguissem distinguir entre o bem e o mal e que não se
revoltassem, de forma alguma, contra o ser humano. A criação dessas leis está
inteiramente ligada aos cuidados com o ser humano, onde o Robô deve sim
obedecer aos comandos do sujeito, desde que não o prejudique. Posteriormente
a estas leis, Isaac Asimov foi além, criando
mais uma lei: a Lei Zero. Esta lei foi criada por um robô no romance “Os robôs
e o Império”, onde o robô além de não poder fazer mal ao ser humano, ele também
não poderia fazer mal a humanidade. A
criação destas leis foram muito importantes para a continuidade na criação dos
robôs, pois desta forma, estava se tornando acessível a todos a visão do que
realmente era a função do robô.
Na nossa Instituição de Ensino
(IEI/ISEI), contamos com um Laboratório de Robótica onde atendem crianças pequenas
até jovens e adolescentes. Neste laboratório, várias são as atividades
realizadas com os alunos para que explorem o material e põem em prática a sua
criatividade.
Um dos objetivos trazidos pelo
IEI/ISEI é que o robô deve:
Ser
capaz de interpretar (perceber) o ambiente através de sensores (luz, calor,
toque, som, infravermelho, umidade, entre outros);
Ter um programa (algorítmico) que
decodifique as percepções que os sensores fazem do ambiente; Processar as
informações coletadas conforme variáveis definidas pelo programador;
Tomar uma decisão (programada) a partir das informações coletadas no ambiente conforme condições pré-estabelicidas pelo programador; (Site IEI)
Tomar uma decisão (programada) a partir das informações coletadas no ambiente conforme condições pré-estabelicidas pelo programador; (Site IEI)
Para
conseguir realizar todas essas tarefas, é preciso muita concentração e muito
trabalho, até porque o robô construído aqui visa simular ações humanas. Este
trabalho geralmente ocorre em grupos, incentivando desta forma o trabalho em
equipe, onde conhecimentos são trocados para que juntos, encontrem uma solução,
um caminho a seguir para a construção do robô. Além
de estudarmos sobre a teoria da importância da Robótica na Educação, também
exploramos em aulas práticas o material. Em todos os momentos, as atividades
foram coletivas, afim de que pudéssemos discutir e refletir sobre as nossas
produções. Realmente,
foi uma experiência muito significativa, onde dificilmente, em outro lugar
teria a oportunidade de conhecer e trabalhar com este material. Criamos robôs
que andam para frente, para trás e tivemos experiência também com a construção
de programas no computador para aplicar nos robôs.
Seria interessante se as escolas
pudessem dispor de laboratórios assim, para incentivar os seus alunos nos mais
diversos aspectos relacionados a educação, a interdisciplinaridade de
conhecimentos que visam também a futura qualificação do sujeito para o mercado
de trabalho.
Referências bibliográficas