domingo, 9 de dezembro de 2012

Importância da Robótica Educacional


Conforme estudos ocorridos durante o semestre, trabalhamos sobre a importância que a Robótica pode ter dentro da educação, começando com crianças pequenas e indo além, até onde a criança/adolescente tiver interesse.                    
 A Robótica Educacional procura auxiliar o aluno no desenvolvimento da criação de “robôs”, os quais podem ter diversas formas. Está relacionada com o estímulo dado para os alunos a sempre querer aprender mais, onde o aluno acaba absorvendo cada vez mais conhecimentos.
 Ela é “a ciência que estuda a montagem e a programação de robôs” (Lieberknechht, Eduardo Augusto). Porém, para criar estes robôs, vários “problemas” são encontrados, pois o aluno deve pensar em formas de montá-lo e formas de fazê-lo andar, pegar objetos, caminhar... Não será o professor quem dará a resposta para o aluno, mas sim, ele mesmo, através de experimentos e tentativas, deverá descobrir o processo adequado para fazer o seu robô andar. Exige a assimilação do problema gerado, para então, acomodá-lo e através do seu conhecimento, encontrar uma solução.
Infelizmente, poucas são as escolas que possuem laboratórios de Robótica para os seus alunos explorarem. Através deste trabalho, muitos conceitos podem ser desenvolvidos com as crianças. Segundo Eduardo A. Lieberknecht, a Robótica é uma ótima ferramenta educacional, pois

Juntando a teoria à prática ela é capaz de desenvolver nos alunos alguns conceitos que as demais disciplinas quase não abordam, como: trabalho em equipe, auto desenvolvimento, capacidade de solucionar problemas, senso crítico, integração de disciplinas, exposição de pensamentos, criatividade, autonomia e responsabilidade, postura empreendedora, etc. Por tratar-se de uma área multidisciplinar, a robótica estimula os alunos a buscarem soluções que integram conceitos e aplicações de outras disciplinas envolvidas, como matemática, física, mecânica, eletrônica, design, informática, etc.

           Portanto, quando estamos trabalhando com a Robótica na Educação, automaticamente estamos relacionando com inúmeros aspectos importantes da educação e outras disciplinas que integram o currículo escolar. Bem como, através deste trabalho é possível explorar as diversas competências dos alunos e prepará-los para um possível mercado de trabalho, onde atualmente, requer do sujeito criatividade, conhecimentos, que ele tenha competências para enfrentar desafios e procurar soluções de problemas.
            Durante as nossas aulas, também vimos sobre as Leis da Robótica, onde três leis foram criadas por Isaac Asimov.
            Asimov era um escritor e bioquímico americano nascido na Rússia. Ele era autor de obras de ficção científica. Em uma de suas obras, “I, Robot” (Eu Robô – 1950), descreveu as três Leis para que um robô fosse realmente considerado como tal:

1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.  
2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei. 
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e/ou a Segunda Lei.
           
O objetivo dessas leis era criar robôs inteligentes, que conseguissem distinguir entre o bem e o mal e que não se revoltassem, de forma alguma, contra o ser humano. A criação dessas leis está inteiramente ligada aos cuidados com o ser humano, onde o Robô deve sim obedecer aos comandos do sujeito, desde que não o prejudique.                                                                                                   Posteriormente a estas leis, Isaac Asimov foi além, criando mais uma lei: a Lei Zero. Esta lei foi criada por um robô no romance “Os robôs e o Império”, onde o robô além de não poder fazer mal ao ser humano, ele também não poderia fazer mal a humanidade.                                                                                                A criação destas leis foram muito importantes para a continuidade na criação dos robôs, pois desta forma, estava se tornando acessível a todos a visão do que realmente era a função do robô.                                                                           
 Na nossa Instituição de Ensino (IEI/ISEI), contamos com um Laboratório de Robótica onde atendem crianças pequenas até jovens e adolescentes. Neste laboratório, várias são as atividades realizadas com os alunos para que explorem o material e põem em prática a sua criatividade.                                                      
Um dos objetivos trazidos pelo IEI/ISEI é que o robô deve:

Ser capaz de interpretar (perceber) o ambiente através de sensores (luz, calor, toque, som, infravermelho, umidade, entre outros);                        
Ter um programa (algorítmico) que decodifique as percepções que os sensores fazem do ambiente; Processar as informações coletadas conforme variáveis definidas pelo programador;
Tomar uma decisão (programada) a partir das informações coletadas no ambiente conforme condições pré-estabelicidas pelo programador; (Site IEI)

Para conseguir realizar todas essas tarefas, é preciso muita concentração e muito trabalho, até porque o robô construído aqui visa simular ações humanas. Este trabalho geralmente ocorre em grupos, incentivando desta forma o trabalho em equipe, onde conhecimentos são trocados para que juntos, encontrem uma solução, um caminho a seguir para a construção do robô.                                                                                                                                             Além de estudarmos sobre a teoria da importância da Robótica na Educação, também exploramos em aulas práticas o material. Em todos os momentos, as atividades foram coletivas, afim de que pudéssemos discutir e refletir sobre as nossas produções.                                                                                        Realmente, foi uma experiência muito significativa, onde dificilmente, em outro lugar teria a oportunidade de conhecer e trabalhar com este material. Criamos robôs que andam para frente, para trás e tivemos experiência também com a construção de programas no computador para aplicar nos robôs.                                
Seria interessante se as escolas pudessem dispor de laboratórios assim, para incentivar os seus alunos nos mais diversos aspectos relacionados a educação, a interdisciplinaridade de conhecimentos que visam também a futura qualificação do sujeito para o mercado de trabalho.



Referências bibliográficas